Entrou como o vento, silencioso
Me tocou, espalhou as coisas
E assim como entrou, saiu
Fechei as janelas
Tapei as frestas
Te ouvi de fora, a se espalhar
Farfalhou as folhas,
Se divertiu com as rosas
Levantou a saia da moça ao passar
Inspirou vida e sumiu
Quando por fim fui te procurar
Andando, apareceu e me abraçou
Bagunçou meus cabelos
Espalhou todos os farelos
E como sempre voou
Tentei te procurar
Os meu pelos a arrepiar
Você a me envolver
A me trazer vida,
movimento pra quem estava de saída
Quis me aproximar do vento
Planando com você eu me contento
Você foi chamado para longe
Não te recebi quando devia
Te vendo partir, me arrependo
Que bela metáfora, o vento! Quero ser uma brisa gentil, voar pelas ruas, entrar em cada janela e brincar com as crianças. Quero levar as folhas do outono para o alto do céu e dançar com elas nas nuvens. Quero voar com os pássaros, me aproximar da lua e encontrar minha estrela no escuro céu da meia-noite. Que o arrependimento e a dor voem para bem longe.
ResponderExcluirParabéns pela delicadeza!
Que bonito!
ResponderExcluirSentir o toque invisível do vento, é tão sutil e real quanto sentir o amor em cada batimento do coração.
E um é tão incontrolável quanto o outro...
Lindo!
Obrigado pelos elogios gente! :D
ResponderExcluirLindo demais Dã. Sutil como a brisa, forte como o tornado. O arrependimento do "e se". Não podemos esquecer de que nunca é tarde pra reescrevermos nossa história!
ResponderExcluirSem dúvidas Na! <3 que bom que gostou!
ResponderExcluirNossa Dan, não sabia desse seu lado poeta... Muito bacana! Continue escrevendo!
ResponderExcluir