terça-feira, 30 de julho de 2013

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Palpitando vou eu assim
Olhar fixo e uma alma no vago
Novamente a cor carmim
E de novo aquele espaço, buraco

Sentimento que estava no fim
Me aproximo cada vez que nado
Sentindo de novo aquilo em mim
Sexto sentido que'andava guardado

Se não pensar ajuda-me a fugir
Que'u cansei da dúvida
Desse sentimento que é um mártir

Sei sim que a tentação me convida
A sempre mais me confundir
Só espero essa tal felicidade trazida




Instabilidade

A linha tênue que segura o equilibrista em cima da corda, no alto do picadeiro
A dúvida entre em que acreditar, em quem votar, em quem escolher
Me transporta para cima de um desfiladeiro,
Alto, inalcançável, forte e que me faz ceder.

Entre ir ou deixar passar, segurança e conforto ou tentativa?
Consequências, rótulos e incertezas. 
Fazem da vida tão altiva!
O momento antes da presa, a dúvida: Tentar ou desistir?
A dúvida do passo seguinte, a falta de coragem para o momento subsequente.
Será que tenta ou vê partir?
A voz na minha cabeça e o burburinho se faz eloquente.

Na dúvida, talvez navalha a pena.
De quem? De quem tenta. De certo é.
Ou talvez seja de quem instável é?
Não sei, talvez saiba, ou simplesmente queira, precise.

Então porque não insiste?
A necessidade carnal, da existência e sobretudo do sentir.
Faz com que esta mesma linha tênue uma vez se desmanche.
E por fim, faz com que caiamos na rede da realidade da escolha, sem medir.

Entre resposta rápida e impensável, existe a chance de sucesso.
Mais vale a consciência da escolha demorada,
do que a felicidade instantânea  do impulso, de certo.
Ou não. Sempre dúvidas, assim se resume da instabilidade para não fazer a escolha errada.
 

domingo, 28 de julho de 2013

Caneca

Queria eu ter uma caneca,
queria eu ser uma caneca,
Meio cheia ou meio vazia?

Quisera eu não ter uma caneca,
quisera eu não estar uma caneca,
meio vazia.

Quem sabe eu tenha uma caneca,
quem sabe você tenha uma caneca,
e talvez eu a complete.

Quanto caneca?
Qual caneca?
Por quê caneca?

Caneca, porque pensei.
Caneca, porque conheço.
Caneca, porque fantasio.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

The love is blind

O amor é cego. É toque, é pele, é sorriso...
é intimidade, felicidade e você comigo.

Os dedos passam pela sua pele;
Então o eriçar dos pelos dele,
o coração a acelerar, quase partir e titubear,
quando meus lábios no seu tocar.

A respiração ofegante, encostando-se,
o abraço acalorado e as mãos a tremer, assustando-me.
Meu peito no seu, nossos corpos a re-experimentar,
Nesse momento quero, finalmente, mergulhar.

Então afasta-se, disfarça-se, não faça!
Nosso olhar se encontra, por segundos fatais.
Mergulhando na lembrança, quero você de novo no meu cais.
Pois se não meu bem, meus olhos voltam a marejar.