A linha tênue que segura o equilibrista em cima da corda, no alto do picadeiro
A dúvida entre em que acreditar, em quem votar, em quem escolher
Me transporta para cima de um desfiladeiro,
Alto, inalcançável, forte e que me faz ceder.
Entre ir ou deixar passar, segurança e conforto ou tentativa?
Consequências, rótulos e incertezas.
Fazem da vida tão altiva!
O momento antes da presa, a dúvida: Tentar ou desistir?
A dúvida do passo seguinte, a falta de coragem para o momento subsequente.
Será que tenta ou vê partir?
A voz na minha cabeça e o burburinho se faz eloquente.
Na dúvida, talvez navalha a pena.
De quem? De quem tenta. De certo é.
Ou talvez seja de quem instável é?
Não sei, talvez saiba, ou simplesmente queira, precise.
Então porque não insiste?
A necessidade carnal, da existência e sobretudo do sentir.
Faz com que esta mesma linha tênue uma vez se desmanche.
E por fim, faz com que caiamos na rede da realidade da escolha, sem medir.
Entre resposta rápida e impensável, existe a chance de sucesso.
Mais vale a consciência da escolha demorada,
do que a felicidade instantânea do impulso, de certo.
Ou não. Sempre dúvidas, assim se resume da instabilidade para não fazer a escolha errada.