e nada acontece
o coração acelera
britadeira sem parar...
pensamentos em velocidade
aquela dor no âmago, incessante
o calor no peito vira um furor
vou colocando os pés no chão
a cabeça no lugar e fingindo
esquecer o que me tira o sono
os seus olhos, lindos olhos, a me fitar
e eis que me pego, novamente, sentindo
Acelero o tempo...
tapo a respiração e sinto
destruo, desmancho, desintegro
aquilo que me faz palpitar
corro para bem longe
arremesso a bola até sumir
mas ainda sim espero
talvez bem lá no fundo...
bem no fundo guardo
escondo e me nego
a desembrulhar, redescobrir
mais uma vez aquele furor
Corre, some, chute e desmancha
e pare de me fitar!
não! não sorria, não coce a cabeça
não acaricie minha mão
não, por favor... não me abrace
não respire... não me acalente
e não, por favor, não me deixe sentir.
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